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20 de Abril de 2024

Em meio a crise penitenciária, MEC doa 40 bibliotecas a presídios de todo o país

20 mil livros

há 7 anos

Em meio a uma crise institucional em relação à administração das penitenciárias brasileiras, o Ministério da Educação doará 40 bibliotecas, com mais de 20 mil livros ao todo, para presídios de todo país. A doação foi acertada nesta quinta-feira (12/11) entre o ministro da Educação, Mendonça Filho, e a presidente do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça, ministra Cármen Lúcia.

De acordo com Mendonça Filho, as obras de literatura brasileira e estrangeira serão doadas pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão do MEC. Numa segunda etapa, também serão doados livros didáticos. O cronograma de entrega e os presídios beneficiados serão definidos pela ministra Cármen Lúcia junto aos tribunais de Justiça dos estados.

“A educação é transformadora da realidade de vida. O apenado deve ter, através da educação, um caminho de libertação da mente. À medida que humanizamos as penitenciárias, estamos trabalhando para que eles possam ser devolvidos à sociedade num patamar de recuperação adequado. Ainda há o componente importante da remissão de pena com a leitura, ajudando a desafogar o sistema carcerário, que está superlotado”, disse o ministro.

Mendonça Filho informou que foi marcada uma nova reunião com a presidente do STF para a próxima terça-feira (17/1) para definir o cronograma da entrega das bibliotecas.

Embora não esteja expressamente prevista na Lei de Execução Penal (LEP), a possibilidade de remição da pena pela leitura já foi reconhecida pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de Habeas Corpus relatado pelo ministro Sebastião Reis Júnior.

A decisão levou em conta a Recomendação 44/13 do Conselho Nacional de Justiça, que trata das atividades educacionais complementares para fins de remição pelo estudo e propõe a instituição, nos presídios estaduais e federais, de projetos específicos de incentivo à remição pela leitura. De acordo com o relator, atualmente esse modelo vem sendo adotado em vários estados do Brasil.

Barbárie exposta O acordo para a doação de bibliotecas foi fechado num momento em que se discutem formas de melhorar as condições impostas aos detentos brasileiros. Apenas na primeira semana de 2017, 98 presos foram mortos em rebeliões Manaus (AM), Boa Vista (RR) e Patos (PB).

Após as rebeliões, o governo federal anunciou um plano nacional, que inclui liberação de R$ 800 milhões para a construção de pelo menos uma penitenciária em cada estado. O plano apresentado, entretanto, é criticado por especialistas. Com informações da Assessoria de Imprensa do STF.

Revista Consultor Jurídico, 12 de janeiro de 2017, 17h09

Em meio a crise penitenciria MEC doa 40 bibliotecas a presdios de todo o pas

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9 Comentários

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Excelente feito. Para muitos presos, talvez esta seja a primeira real oportunidade de contato com bons livros.

Há no entanto que se escolher adequadamente o conteúdo. continuar lendo

Povo culto, povo feliz. continuar lendo

O MEC está de parabéns. Aliás, não se separa educação de cultura. Esta foi realmente uma atitude de estadistas. continuar lendo

Parabéns, porém se os livros não forem entregues juntamente com um projeto didático de aproveitamento, serão como dar pérolas à porcos, e apenas servirão como matéria prima para incêndios.

Um projeto pedagógico é imprescindível. continuar lendo

Métodos assim devem serem tomados pelo poder judiciário.
Eu tive a oportunidade de entrar na faculdade mesmo em regime fechado, hoje estou no no quarto período de engenharia agronômica. Apesar de ser inocente fui condenado, e ao longo do tempo fiz a prova do ENEM, prova liberada pelo MEC exclusivamente para presidiários, fui aprovado e se assim Deus permitir serei em breve um Agrônomo bem destacado na minha região. Deus sabe o que faz pois até mesmo uma folha que cai é com Seu consentimento.
Sem sombra de dúvidas o sistema carcerário do nosso país não educa pois apenas evita que os presidiários estejam livres pois não pelo fado de estarem presos não evita de os mesmos cometerem crimes. Por isso que métodos alternativos tem que serem tomados pelo menos com aqueles que são primários. continuar lendo